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O que há por trás das pesquisas do “consumidor verde”?

Nesses útimos dias, estive vasculhando a internet atrás de pesquisas sobre os hábitos de compras de “produtos verdes e sustentáveis” e me surpreendi com os resultados desses estudos. (vejam abaixo)

Estarão os brasileiros consumindo de um modo mais consciente do que imaginamos? As pesquisas indicam que sim.

O reflexo disto, capturado pelas pesquisas, é que as pessoas já estão dispostas a pagar até 10% a mais por produtos que causam menos impactos socioambientais.

A pesquisa do ODES mostrou que o número de pessoas que mudaram hábitos de alguma forma é de 92%, sendo que a racionalização no uso da água foi a resposta para 71% das pessoas, a diminuição na geração de lixo esteve em pauta nas respostas de 66% e a economia de energia em 42%.

Além disso, a TNS concluiu que 83% dos brasileiros consideram-se dispostos a pagar mais por produtos ambientalmente amigáveis, ficando em segundo lugar na pesquisa, seguindo a Tailândia, onde 94% aceitam o aumento no custo.

“Vamos viver uma década onde não é só o produto que vai contar e sim toda a história por trás dele”

No contexto mundial da pesquisa, 59% dos entrevistados pagariam esse aumento de preços.
Cerca de 17 000 consumidores, de 17 países, foram consultados a respeito de uso de energia, alimentos, escolhas de transporte, uso de produtos verdes, entre outros assuntos. Dos países contemplados na pesquisa, 13 tiveram um aumento no comportamento ecologicamente sustentável. Quanto maior o Greendex, maior é a adesão aos hábitos ambientalmente sustentáveis. O Brasil ficou entre os países com maior índice:

Greendex, índice que mede a adesão aos hábitos ambientalmente sustentáveis

Para a ODES, 93% dos brasileiros entrevistados declararam que vão comprar cada vez mais produtos sustentáveis e 33% afirmam que saber a origem do produto é decisivo para a escolha.

De acordo com os dados da TNS, 37% dos brasileiros aceitariam pagar até 5% a mais e 36% pagariam 10% a mais por produtos com estas características. A pesquisa também identificou que 95% dos brasileiros apoiam que o varejo elimine marcas não sustentáveis; nos outros 16 países, esse número foi de 71%.

No Brasil, a pesquisa revelou que 9% dos entrevistas pagariam até 20% a mais por produtos com menor impacto socioambiental. Na Argentina e no México, 11% e 10% dos entrevistados pagariam se encaixaram neste grupo.

“A geração 2010 é a que adquiriu os direitos emocionais de dizer ‘eu não preciso’, o que é uma grande ameaça às empresas que não se adequarem”.

Especialistas consideram que a rastreabilidade e os detalhes da produção também influenciarão no consumo, fato comprovado pela a pesquisa ‘Our Green World’ (Nosso Mundo Verde em português), da TNS, que mostrou que 61% das pessoas declaram-se influenciadas por empresas verdes.

No Brasil, essa taxa sobe para 81% dos entrevistados.

Porém, 44% desses mesmos brasileiros acreditam que as empresas fazem greenwashing, ou seja realizam ações ambientais somente por marketing e não incorporam os conceitos socioambientais nos seus processos de produção.

Os produtos verdes representam um mercado em expansão e
esperamos por empresas sérias, com práticas sustentáveis e realmente comprometidas com o meio ambiente.
E aí? Vamos “Ser Green”?

Em breve mais posts sobre o assunto e empresas que realmente fizeram o seu “eco-dever de casa”. Se quiserm contribuir com indicações de empresas brasileiras, estamos aceitando sugestões. Obrigada à todos!

Quer saber o seu Greendex? Acesse: http://environment.nationalgeographic.com/environment/greendex/calculator/

Fontes: Revista Eco, Instituto Akatu e Brasilsus